sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Genealogia 546: Sobrenomes mais comuns, Almanaque do Exército

Numa listagem de 5579 nomes de indivíduos tirada do Almanaque do Exército de 1958, compreendendo uma lista alfabética entre as letras A e H, fiz uma levantamente estatístico da frequência de sobrenomes. O ranking ficou assim:

nome-número-porcentagem

  1. Silva - 196 - 3,51%
  2. Oliveira - 136 - 2,44%
  3. Santos - 114
  4. Souza - 100
  5. Lima - 90
  6. Costa - 85
  7. Pereira e Ferreira - 79
  8. Carvalho - 76
  9. Melo+Mello - 71 (Mello=48, Melo=23)
  10. Almeida - 57
  11. Araújo - 49
  12. Ribeiro - 48
  13. Moraes+Morais - 46 (Moraes=41, Morais = 5)
  14. Castro - 45
  15. Gomes e Rocha - 43
  16. Pinto - 42
  17. Gonçalves - 38
  18. Guimarães e Alves - 37
  19. Cunha - 35
  20. Martins - 34
  21. Fonseca, Barros, Moreira e Rodrigues - 33
  22. Lopes, Barbosa+Barboza (Barbosa=31), Matos+Mattos (Mattos=24, Matos=8) - 32
  23. Freitas e Campos - 31
  24. Monteiro e Reis - 30
  25. Vieira e Andrade - 29
  26. Cardoso, Menezes, Maia e Silveira - 28
  27. Medeiros e Miranda - 27
  28. Braga e Teixeira - 26
  29. Coelho, Chaves, Dias e Figueiredo - 25
  30. Albuquerque e Soares -24

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Genealogia 545: Freguesia de Sant'Ana, RJ, nomes mais comuns, letra A, 1900

Num levantamento a partir dos batismos realizados no ano de 1900, na igreja de Sant'Ana, no centro do Rio de Janeiro, no ano de 1900, este é o ranking dos nomes com a letra A, num total de 453 crianças:
  1. ANTÔNIO - 65 (14%)
  2. ALZIRA - 21
  3. ÁLVARO - ANA - 19
  4. ALFREDO - AURORA - 16
  5. ALBERTO - ALICE - 15
  6. AMÉLIA - 13
  7. ANTONIETA - 12
  8. AMÉRICO - 11
  9. ANTENOR - ARTUR - 10
  10. ARLINDO - 9
  11. ADELAIDE - ALBERTINA - ARMANDO - 7
  12. ADELINA - ARMINDA - AUGUSTA - AUGUSTO - 6
Alguns nomes pitorescos, todos com apenas 1 indivíduo: Adahil, Aleísio, Almanzor, Amazili, Artabela, Arynda, Astrogilda, Aretz

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Evolução 208: Humanos mais antigos em Israel? Cuidado!

Na última semana, os sites e jornais foram invadidos pela repercussão de uma bombástica descoberta feita em terrenos de 400.000 anos de idade, que conteriam os dentes mais antigos da nossa espécie, Homo sapiens. Manchetes como "Evolução humana reescrita", ou "posta em cheque" rodaram o mundo.
Os paleontólogos mais sensatos e cautelosos estão começando a alertar e ponderar em seus comunicados que as manchetes jornalísticas estão mascarando a verdade. No artigo com a publicação original da descoberta, na revista American Journal of Physical Anthropology, EM NENHUM TRECHO, é dito que os dentes são inequivocamente da espécie Homo sapiens, podendo ser de qualquer uma das espécie aparentadas, como Homo neanderthalensis (o Homem de Neandertal), Homo heidelbergensis (o humano arcaico europeu, ancestral do Neandertal), ou Homo erectus (incluindo os asiáticos sinantropo e pitecantropo). A conclusão de que os fósseis israelenses da caverna de Qesem seriam "os mais antigos humanos" não consta do artigo original, e nem de nenhum comentário o texto posterior de seus descobridores, mas mesmo assim, estranhamente, apareceu em todos os noticiários.
Por que isso aconteceu?
Simples sensacionalismo jornalístico?
Indícios de propaganda religiosa criacionista subliminar?

Evolução 207: Mondegodon

A interessante descoberta de um mamífero primitivo no sítio palentológico de Silveirinha, em Portugal, batizado de Mondegodon eutrigonus, trouxe mais dados para entender a evolução dos ungulados. A nova espécie, integrante da ordem extinta dos mesoníquios (Mesonychia), que incluía ungulados arcaicos de hábitos onívoros e carnívoros, por muito tempo considerados como ancestrais do artiodátilos e dos cetáceos, possui características intermediárias entre os triisodontídeos (Triisodontidae) e os mesoniquídeos (Mesonychidade), a família mais avançada da ordem, onde as adaptações a uma dieta carnívora mais especializada.
Com a descoberta do Mondegodon, em vitude da já conhecida ausência dos mesoniquídeos em terrenos mais antigos na América do Norte, onde triisodontídeos eram conhecidos desde o início do Paleoceno, aumenta a possibilidade que os mesoniquídeos estivessem presentes no Paleoceno europeu bem antes do início do Eoceno, e isso indicaria um grau de endemismo bem elevado na fauna européia pré-Eocênica. Na época, a Europa constituía um imenso arquipélago, mas as suas relações biogeográficas com a América do Norte, Ásia e África ainda não estão inteiramente esclarecidas.



A structural intermediate between triisodontids and mesonychians (Mammalia, Acreodi) from the earliest Eocene of Portugal

Rodolphe Tabuce, Julien Clavel and Miguel Telles Antunes

Naturwissenschaften - Online First™, 22 December 2010