quarta-feira, 24 de junho de 2009

Evolução 59: Eritherium, o ancestral mais antigo dos elefantes

Em terrenos fosfáticos da bacia de Ouled Abdoun, no Marrocos, datados de cerca de 60 milhões de anos, cientistas acabam de descobrir restos do que parece ser o mais primitivo proboscídeo já descrito. Em artigo publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of the United States of America, o paleontólogo Emmanuel Gheerbrant batizou o fóssil de Eritherium azzouzorum, do grego êri, "cedo", e thêr, "fera, animal", homenageando os habitantes do vilarejo de Ouled Azzouz. O Eritherium possui características que o tornam não só mais primitivo de todos os Proboscídeos (Proboscidea, a ordem à qual pertencem os elefantes e seus primos extintos, os mastodontes e mamutes), como confirma o parentesco desta ordem com outros grupos extintos ainda mais arcaicos, como os condilartros da subfamília dos Louisininae. A descoberta reforça a coerência do agrupamento de mamíferos conhecidos como Afrotérios (Afrotheria), que teria evoluído no isolamento no continente africano, e inclui animais tão diferentes entre si como os elefantes, peixes-boi, hiraxes, musaranhos-elefantes, tenreques e toupeiras-douradas. O Eritherium viveu no Paleoceno Superior, na subdivisão chamada de Tanetiano.

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